Tal como já revelei num anterior texto, tenho uma especial obsessão por triângulos. Quem vir isto sem argumentação e sem perceber o significado deste símbolo deve de achar que isto é uma estupidez... Mas não. Um triângulo é muito mais que uma simples forma, tal como a cruz é o mesmo para os cristãos.
Tudo isto começou na altura em que criei o Tumblr. Nessa altura comecei a andar a tratar daquilo a que chamo a procura do ''verdadeiro eu''. Aí percebi que a única maneira de me sentir feliz era pensar as coisas à minha maneira, sentindo-me genuína o mais possível, e não me deixar influenciar pelos outros. Desta forma, senti necessidade de ganhar uma outra identidade e de me considerar elemento de um certo grupo de pessoas com um tipo específico de atitude perante a vida: os Hipster's. Ora bem, os Hipster's são um tipo de pessoas (digo desde já muito odiadas pela internet) que tentam ser diferentes em quase tudo das outras consideradas ''banais'' na sociedade. Normalmente os Hipster's não massivos, ou seja, que não levam este ideal ao estremo, destacam-se das pessoas ditas normais pela sua diferença e carácter próprio, o que faz com que seja transmitida confiança e personalidade por parte deles. Já os Hipster's massivos, dos quais nem eu gosto, criticam TUDO o que é considerado mainstream, tentam mostrá-lo das formas mais ridículas, e por isso, na minha opinião pessoal, acabam por se parecer às pessoas ''normais'' sem personalidade, pois ao criticarem tudo e todos revelam insegurança e ansiedade de superioridade, chegando também a mentir sobre coisas que dizem conhecer e perceber muito. E qual o motivo que me levou a identificar com este tipo de pessoas mais ''soft''? Bem, confesso que à não muito tempo pouco ligava a essas coisas da diferença e afins... Aconteceu que também tinha esse bichinho de gostar de coisas que maior parte das pessoas não gosta (toda a gente me diz que tenho uns gostos um bocado estranhos). Sempre gostei de fazer as coisas à minha maneira e acho que já antes era diferente pelo menos na maneira de me vestir, embora nem sequer desse por isso. Cá está um ponto relevante no facto de me ligar tanto a este tipo de vida, já que, confesso, sou um pouco materialista e sempre gostei de me destacar no que toca à maneira como me visto, tal como os Hipster's (lá está, diferença). É considerado que este tipo de pessoas é que lança as modas, está sempre a par da actualidade e passa a vida na internet (ponto que não tem nada a haver comigo (a)), anda sempre com uma máquina fotográfica atrás, adora gatos, venera arte e literatura e adora também o espaço e o ínfimo. Quem me conhece sabe que alguns destes aspectos se poderão adequar na totalidade à minha personalidade. E porque falei no Tumblr? Quem conhece o Tumblr sabe que é a rede social mais alternativa que existe (pelo menos de meu conhecimento). Lá encontram-se bastantes imagens deste tipo de pessoas, o que me facilitou imenso a ligação com esta cultura de vida. Não me considero bem Hipster, mas é certo que revelo alguns traços característicos deste estilo de vida. Talvez seja apenas uma fase, mas isso pouco importa, porque neste momento é assim que me sinto bem. Há imensas pessoas a darem conselhos do género ''Sê tu próprio'', e essas pessoas são as primeiras a deixarem-se levar por cópias de outras. É certo que a sociedade em massa causa influência em qualquer humano, todavia parar para pensar se é assim que nos sentimos felizes não custa nada. O mal é não pensarem e agarrarem-se muito as hábitos que a sociedade TENTA impor. E no meio disto tudo onde fica o triângulo? Símbolo maçónico, o triângulo já foi desde tempos longínquos considerado símbolo da perfeição, representando o número 3. Exprime, além disso, união e harmonia e espiritualidade. Esse é o símbolo dos Hipster's, não se sabendo ao certo por que motivo, embora se considere que foca a ironia e inteligência destas pessoas. Finalizando posso considerar que desde sempre revelei alguns traços característicos deste estilo de vida, tal como já referi. Acontece que, como toda a gente, passei por fases na minha vida que fugiam àquilo que realmente está certo para mim. Tratei de me conhecer a mim própria e preencher os vazios que em mim encontrava. Foi esta a forma que encontrei. Não sei se me exprimi da melhor forma, até porque é algo que nem eu consigo explicar. Quem revela uma personalidade idêntica talvez me perceba melhor, suponho. Espero que tenham gostado :D. Muitos ▲'s a todos, novamente :p.
(Aproveito também para mostrar uma música com a qual me identifico bastante de um Dj/cantor que falarei daqui a uns tempos, o Gemini :))
Estava a ouvir esta música e não resisti em partilhá-la... É incrível a maneira como me sinto sempre que a oiço. Transmite-me poder e talvez força para lutar por algo que se pode considerar quase impossível de alcançar. Aliás, os Nero são óptimos no que toca a estas transmissões sentimentais a partir das músicas deles. Relativamente recentes, tendo-se formado em 2004, Daniel Stephens e Joseph Ray, ambos Dj's, juntamente com a vocalista Alana Watson, que passou a ser membro em 2008, produzem música electrónica, desde Dubstep, DnB até Dance. A característica principal dos Nero, distinguindo-os de outros géneros de música electrónica, é a utilização de Sinfonias na produção das suas músicas. Desta forma, os seus sonoros tornam-se bastante ''profundos'' e qualquer ouvinte que goste realmente do que é produzido por eles consegue desligar-se de tudo quando ouve as suas músicas. No ano passado lançaram o seu 1º álbum, o ''Welcome Reality''. Antes deste álbum produziam maioritariamente remix's de músicas existentes. Apesar de já acompanhá-los e gostar do trabalho deles, foi graças a este álbum que me tornei realmente fã. Esta música é relativamente recente e não faz parte do cd, mas dou destaque a músicas deste como a ''Doomsday'' (retirada do youtube, não sei ao certo porquê), a ''Fugue State'', a ''Reaching Out'' e a ''Must be the feeling'', ambas com videoclip's que gosto particularmente e, por fim, a ''Departure'' que nunca este disponível no youtube, mas na minha opinião é a melhor música do álbum. Considero os Nero relativamente parecidos com o género dos Justice, banda francesa que admiro bastante e que marcará presença este ano no Optimus Alive (para minha tristeza porque não vou vê-los :c). Pode-se sentir esta influência principalmente noutra música que faz parte do álbum, a ''Angst'', que é uma espécie de remix da ''Stress'' dos Justice. Espero ter dado uma espécie de apresentação dos Nero sintetizada e apelativa que leve os leitores a sentirem-se interessados a acompanhá-los. Deixo aqui alguns vídeos do youtube das músicas que destaquei do álbum. É uma pena não poder colocar aqui a ''Doomsday'' e a ''Departure'', mas aos interessados basta pesquisarem no Google que encontrarão facilmente :).
Aqui estão eles :D
''Fugue State''
''Reaching Out'' (não consigo colocar a música com o videoclip do youtube, mas basta escrever lá o nome que aparece rapidamente)
Sou sincera: não costumo escrever e muito menos por livre e espontânea vontade. Desde sempre que tive tendência a partilhar o que sinto directamente com outras pessoas, de modo a não ter necessidade de escrever de mim para mim. O meu intuito de ter criado o blog foi mesmo o de ganhar incentivo a escrever mais, partilhar os meus desejos e ambições, os meus conflitos interiores e, talvez, conhecer-me melhor, tornando-o uma espécie de um diário.
Por certo que, ao princípio, darei especial atenção ao blogue que acabei de criar, mas, mais tarde, desligar-me-ei dele, assim como me desligo facilmente de tudo, até das pessoas... E aqui está um dos meus tantos defeitos. Tenho uma capacidade inevitável de negar a mim própria, sendo, como eu costumo dizer, ''200% racional'', assemelhando-me, de certa forma, a um dos heterónimos de Fernando Pessoa que estudei ainda à pouco tempo: Ricardo Reis. Este defeito leva-me a criar uma espécie de barreira sentimental com quem quer que seja e, desta forma, conseguir manusear os meus sentimentos e nunca sofrer nem fazer sofrer ninguém. Tornei-me assim, pelo menos que notasse, à ainda pouco tempo. Isto leva-me a acreditar que só se gosta de alguém quando se quer e que é possível lidar com qualquer tipo de sentimento aquando uma pessoa se conhece bem a si própria, acima de tudo. Acredito também que é possível ser-se feliz ''quase'' sem amor, quero dizer, que qualquer ser humano com os pés assentes na terra tem ambições capazes de preencher o vazio que se pode sentir com a falta deste. Atrevo-me a dizer que são tudo protótipos criados pela sociedade (coisa que passo a vida a dizer do que quer que seja, embora tenha que segui-los mesmo que não queira) que interferem directamente com a felicidade de qualquer indivíduo... Ora então, já estou farta de escrever e cheia de sono x). Ainda não sei trabalhar bem com isto, mas quem vir o que escrevi espero que goste. Deixo aqui uma imagem de um símbolo pelo qual tenho uma especial ''obsessão'' e que falarei assim que possa num próximo texto, que também traduzirá alguns factos acerca de mim. Muitos ▲'s a todos xD.
chamo-me Joana e estou a estudar Som e Imagem na ESAD.Cr. Anteriormente estudei 1 ano na Universidade de Aveiro no curso de Administração Pública. De momento considero-me apenas uma jovem à procura do seu ''verdadeiro eu'', esforçando-se por criar ideais próprios e tentando diferenciar-se de um todo, não sendo mais uma num milhão... Aspiro um futuro ligado à música, moda, artes, tecnologias e comunicação, onde possa fazer um pouco de tudo o que mais gosto.