terça-feira, 3 de julho de 2012
(a)normalidade?
by
Joana Marques Araújo
Fogo, eu bem sabia que ia acabar por deixar de escrever para o blog! Uns dias (principalmente na altura de aulas) não tinha tempo nem paciência. Outros dias mais folgados a minha preguiça apoderava-se de mim pura e simplesmente... Mas bem, aparentemente nada mudou desde o último texto que escrevi, só que, depois de uma pequena reflexão interior, dei pelo meu auto controlo de que tanto falava desmoronar-se. Isto porque há coisas que estão destinadas a toda a gente e eu não as posso evitar, mesmo por muito que tempo passe. No entanto, tento continuar com os meus estranhos ideais, pois continuo a considerá-los o melhor para mim, pelo menos por agora. Quero uma vida calma sem perturbações, uma vida que me preencha os vazios que sei que tenho. Uma vida que substitua uma outra vida.
Isto já mais parece um diário, por isso tenho que arranjar pano para mangas, a fim de escrever um textinho cheio de profundas filosofias que faça os leitores pensarem. Não sei se me estou a tornar um bocado repetitiva... Nunca nada está bem para nós, é inevitável --'.
Isto já mais parece um diário, por isso tenho que arranjar pano para mangas, a fim de escrever um textinho cheio de profundas filosofias que faça os leitores pensarem. Não sei se me estou a tornar um bocado repetitiva... Nunca nada está bem para nós, é inevitável --'.
No outro dia estava eu no meu canto (que é mesmo a cadeira em frente ao computador) a pensar e pensar, até que cheguei a uma frase (a qual partilhei no facebook) capaz de me resumir em poucas palavras: ''ser normal é a coisa mais estúpida e ridícula que me pediram para tentar fazer até hoje''. Penso que não seja muito difícil de perceber o seu sentido, mas passo a explicar o que significa ela para mim e qual a minha identificação com a mesma. Numa opinião pessoal, quem é ''normal'' é porque não reconhece o verdadeiro sentido da vida, a verdadeira essência dela. E isto porquê? Segue o que os outros fazem e impede-se a si próprio de se conhecer realmente. Qualquer pessoa tem interesses diferentes e é preciso conhecer-se bem para se capaz de satisfazê-los na integridade. É por isso que existem pessoas que, ao não sentirem-se bem consigo mesmas, usam os outros para aumentar o seu ego. Isso é a parte mais ridícula de todas. É a maior falta de personalidade que um ser humano pode dar a conhecer a outro. É por coisas assim que eu não me importo de ser diferente. Em alguns momentos sinto-me a ''ovelha negra'', quase como sozinha no mundo. E é nesses momentos que olho as pessoas em meu redor e não as sinto livres de si mesmas, realmente felizes. Tentam sempre parecer bem, falam da sua vida como se estivessem a morrer, sei lá, têm uma atitude perante a vida tão ridícula que nem páram para pensar, tão comum nelas todas e na própria sociedade.
Desde que me lembro fui sempre diferente, principalmente quando entrei na adolescência, altura em que se começa a ter uma mínima consciência destes assuntos. A início era muito influenciada, mas isso rapidamente deixou de acontecer e caí em mim. Ao cair em mim tornou-se quase como unânime: eu nunca vou ser uma pessoa normal. Nunca vou ser capaz de ser igual a estes milhões de pessoas cinzentas. Se algum dia me tornar igual a elas não vou mais sentir-me feliz e bem comigo própria.
Muita gente deve pensar que a ridícula sou eu, porque vou contra aquilo que elas são e nem tratam de reconhecer que o são, mas pouco me importo com isso. Gosto de mostrar os meus ideais e os meus interesses. Tenho orgulho em pensar como penso e dificilmente pensarei de outra forma.
Não sei se me fiz entender, e até considero que o texto esteja um bocado confuso e vazio, mas espero que gostem e que sirva para pensarem mais em vocês mesmos. Não quero ''atacar'' ninguém em especial e espero que alguns dos leitores tenham consciência desta realidade. :)
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